Pedagogia do Oprimido e Educação Social

Essa parte do filme Another Brick in the Wall - Pink Floyd:
https://youtu.be/z8w-qLiQ5sg
Evidencia a educação bancária a que se refere Paulo Freire...

Fazendo um confronto entre o Sistema tradicional de educação e o que propõe a Educação Libertadora de Paulo Freire,  começamos a entender o nosso papel fundamental como educadores e aprendemos a extrema relevância da indissociabilidade da reflexão em conjunto com a ação,  ou seja, para que cheguemos a atingir nosso público, necessitamos provocar a reflexão  sobre temas do cotidiano, buscando a problematização e encontro de soluções onde se possa vislumbrar ações de transformação.
As atividades devem ser construídas com abertura de diálogos, rodas de conversas apoiadas por tecnologias digitais... A escola inclusiva tem que ser um espaço de educação social... Na fala da tia Dag da Casa do Zezinho ( vídeo disponível dentro da matéria de Educação Social e YouTube):
"A ESCOLA PRECISA ENCANTAR!"
Crianças coisificadas, sem liberdade de expressão e identidade. O filme mostra o professor trajado com beca e vara na mão, como autoridade máxima que avalia e julga o aluno... É a ilustração da “educação bancária “ na figura do professor-ditador que deposita o conteúdo para que os alunos o internalizem mecanicamente, através da repetição.
Vemos a relação opressor-oprimido claramente, no momento em que o professor janta com a esposa e esta o obriga a comer a última porção do prato, enquanto sua mente relembra quando subjugou o aluno na escola. Aqui, o autor chama de transferência mas, Paulo Freire explica essa relação de forma brilhante. 
A relação opressor-oprimido continua enquanto os alunos caem da esteira e são transformados em massa para tijolos, ou seja, destituídos de criatividade, liberdade e identidade.
A revolta deles, ao serem contagiados pela consciência individual, destrói os muros da escola _ um devaneio do garoto...
Segundo Paulo Freire, “a grande tarefa humanística e histórica dos oprimidos é não se tornarem opressores mas, restauradores da humanidade em ambos. Este é um poder que nasce da debilidade do oprimido.” 
Foi através de um passado opressivo vivido por Roger Waters, que a banda se baseou para revolucionar a história pela música... a temática é baseada em fatos reais...
A educação social trás a música como pano de fundo para trabalhar questões do sistema educacional e levantar polêmicas...

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FUNDAMENTOS:

A prática educacional mostra os ditames de uma sociedade capitalista marcada pelas desigualdades sociais em todos os setores. Essa prática traz como enfoque duas características distintas: seu âmbito social e seu caráter pedagógico, os enfoques estão inter-relacionados, ocupando-se da educação com grupos e indivíduos que estão à margem da inclusão social. Estrutura-se educação social como uma ação sistemática e fundamentada, uma espécie de suporte e mediação que favorece o desenvolvimento da sociabilidade no individuo no decorrer da sua trajetória de vida, circunstancias e contextos promovendo sua autonomia, criticidade e transformação no marco sociocultural que lhe rodeia, primeiramente, com os próprios recursos pessoais, tanto do educador quanto do educando e mobilizando todos os recursos socioculturais necessários ou criando novas alternativas.

A educação social é fundamentalmente ação, a práxis da intervenção sistemática e fundamentada. Para o educador Paulo Freire, toda prática educativa envolve sujeitos (educador e educando), além de métodos, processos, técnicas e materiais didáticos que devem estar em consonância com os objetivos, com a dicotomia opressor e oprimido, com a utopia, com o sonho, no qual está determinado o projeto pedagógico. Educação social se relaciona com processos, transformações e planejamentos. A criticidade é a base da transformação do conhecimento, exige respeito à cultura própria evitando o colonialismo cultural, desenraizado de conteúdos. A educação opressora potencializa o controle (heteronomia), causa desvio e doença social. Ocorre o embate entre os espaços formais e não formais da educação. Paulo Freire em Pedagogia do Oprimido, teve o mérito de refazer a geografia das práticas educativas colocando a escola como um dos espaços possíveis de educação social. Este deslocamento foi importante para que décadas depois se assumisse a pluralidade de contextos educativos dentro e fora da escola. Com a Pedagogia do Oprimido há um novo olhar para as práticas pedagógicas presentes nos processos sociais e para os processos sociais como mediações pedagógicas na construção de novos saberes e novas práticas.

A educação que chamamos de social carrega em si uma visão e uma posição ética e política. Uma educação que é diferente à de transmissão de conteúdos, o que ainda é a mesma reproduzida nos espaços oficiais. A junção do que propõe a pedagogia do oprimido e o que é a educação social são as sistematizações das  práticas pedagógicas, que acontecem em diferentes espaços sem se preocupar somente com a transmissão de conteúdos, mas preparando o ser humano para viver em uma sociedade de opressores. 

Desse ponto de vista a concepção de construção de conhecimentos, a transformação da realidade e a emancipação da conscientização critica dos fatos do cotidiano podem ser consideradas meios, pelos quais as práticas pedagógicas alcancem objetivos sociais na formação da identidade histórica e social do educando.

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FASE EXPEDICIONÁRIA:

Escola Municipal Vereador Maurício Saúde Pacheco _ São José da Lapa/MG

A escola oferece Maternal 3 e Pré-Escola à tarde e 1o Ciclo do Ensino Fundamental pela manhã (alfabetização do 1o ao 3o ano).

A Secretaria de Educação do Município busca um perfil inovador e vem reciclando e promovendo novas formas de inclusão. Há projetos e dinâmicas para alunos e professores com apoio de profissionais de fora que visitam as escolas de tempos em tempos... Há o amparo para atendimento à crianças com deficiência numa busca incessante para promover aprendizagem e o encantamento dos alunos.

A escola, desde a sua fundação em 2010, já foi e ainda é a o abrigo de várias gerações da espécie popularmente chamada de coruja buraqueira... Por si só já é um diferencial para o encantamento, afinal elas são a mascote da escola...

A valorização desses animais permite ao professor consciente fazer inúmeros projetos de conscientização ambiental e suas variantes como evitar o desperdício e trabalhar com a reciclagem do lixo. 

Um dia foi proposto uma redação e saiu uma frase assim: 

“_Nossa escola é tão legal que até as corujas moram aqui..." 

  


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PARTE 2

Como construir atividades pedagógicas capazes de estabelecer um fortalecimento individual e coletivo de pessoas e/ou grupos em situação de vulnerabilidade? 

O filme brasileiro “O Contador de História” retrata a vida da criança que foi Roberto Carlos Ramos, na FEBEM, considerado “um caso irrecuperável” e de como a sua vida foi transformada com a ação da “pedagogia do amor”... Hoje, renomado contador de história e pai de 14 crianças adotivas, seu propósito é o mesmo da tia Dag, da Casa do Zezinho": propagar o elo do bem...

Acreditamos, a exemplos diversos (vide no YouTube: Caramba carambola, o brincar tá na escola) que as atividades pedagógicas capazes de fortalecer pessoas e/ou em vulnerabilidade está na AÇÃO. Ação no esporte, na música, na dança, no teatro, na arte... 

Isto gera envolvimento, desenvolvimento e parceria...

Roberto Carlos Ramos ensina: "Assim como o bom contador de história é aquele que lê a história que os outros querem escutar, o bom professor é aquele que ensina do jeito que o aluno quer aprender..."

COMO O ALUNO QUER APRENDER?  De forma tranquila, suave, interessante, se possível, divertida...

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ATIVIDADE PEDAGÓGICA:

E-Book e Desenho Coletivo:



Entendendo que o professor não é o centro, apreende-se da roda que  ele não deve oprimir... deve fazer uso da comunicação não violenta e respeitar "o tempo de quem não quer..." parafraseando José Pacheco - Escola da Ponte.


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